terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cartas de Iwo Jima


"Bravura e covardia não são coisas que podem ser avaliadas em tempos de paz. Elas estão em diferentes categorias." (Hagakure, p. 102)

O filme contraria esse trecho porque nos põe a pensar sobre essas questões, ainda que realmente não possamos avaliar quão corajosos ou covardes seríamos numa situação como aquela. O Hagakure foi distribuído aos soldados japoneses que o liam enterrados naquela ilha e viviam o caminhho do guerreiro, inapelavelmente.

sábado, 24 de novembro de 2007

INFIEL


Terminado hoje!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Hagakure


Seguirei os conselhos do autor: "Depois de ler um livro, queime-o."
(mais comentários no passado)
Queimá-lo-ei por R$5,00 na Estante Virtual.

sábado, 3 de novembro de 2007

Samurai Executor

Kazuo Koike (roteiro) e Goseki Kojima (arte) me apresentaram uma época do Japão feudal (Era Edo) na série Lobo Solitário. As personagens principais eram um pai e um filho de menos de 4 anos - lobo solitário e seu filhote - que vagavam pelo Japão vivendo dos pagamentos por assassinatos contratados. Ambos eram perseguidos também por assassinos mandados pela família Yagyu, que havia tramado a morte de toda a família Ogami. Pai e filho vagando pelo mundo, condenados ao meifumado (caminho do inferno), tinham algum apelo para mim. Eu ficava fascinado pela narrativa visual de páginas e páginas sem palavras, que levaram alguns diretores de cinema e televisão a usar o próprio mangá como storyboad.


Mas Samurai Executor é melhor em muitos aspectos. É a saga de um sujeito solitário, executor de pobres coitados condenados à morte na cidade de Edo (Tóquio). Cada estória é uma crônica da vida privada mais rica em detalhes do que as do Lobo. Algumas são dedicadas a retratrar o aparato repressor e punitivo da época. Esse executor é um sujeito que decidiu não se casar para que seu filho não sofra o que ele sofreu, amaldiçoado por todos por ser filho de executor. Além disso, seu treinamento para acostumar-se com a morte começou sendo trancado com cadáveres, quando pequeno, e terminou, treinando o último golpe que deveria aperfeiçoar, partindo a cabeça de seu próprio pai e treinador.
Mais detalhes a cada edição das bancas.

domingo, 28 de outubro de 2007

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Cemitério de Pianos

"Mesmo quando ela estava em silêncio, olhava para o seu rosto e era capaz de ouvir a sua voz. O som de veludo, apaziguador, confortárvel, sincero, vivo da sua voz encontrava formas de entrar no interior do meu tempo, no meu próprio interior. Ao fazê-lo, o corpo dessa voz encontrou o tremendo espaço de uma pessoa totalmente vazia: um passado coberto por dúvidas, um presente vago, um futuro que então não existia. E parecia-me nada o pouco que já era: quilómetros e minutos: as pernas a tentarem destruir o mundo de uma maneira que os meus braços não eram capazes. Por isso, a voz dela crescia dentro"

(José Luis Peixoto, O Cemitério de Pianos, pág. 125-6)