Kazuo Koike (roteiro) e Goseki Kojima (arte) me apresentaram uma época do Japão feudal (Era Edo) na série
Lobo Solitário. As personagens principais eram um pai e um filho de menos de 4 anos - lobo solitário e seu filhote - que vagavam pelo Japão vivendo dos pagamentos por assassinatos contratados. Ambos eram perseguidos também por assassinos mandados pela família Yagyu, que havia tramado a morte de toda a família Ogami. Pai e filho vagando pelo mundo, condenados ao meifumado (caminho do inferno), tinham algum apelo para mim. Eu ficava fascinado pela narrativa visual de páginas e páginas sem palavras, que levaram alguns diretores de cinema e televisão a usar o próprio mangá como
storyboad.
Mas Samurai Executor é melhor em muitos aspectos. É a saga de um sujeito solitário, executor de pobres coitados condenados à morte na cidade de Edo (Tóquio). Cada estória é uma crônica da vida privada mais rica em detalhes do que as do Lobo. Algumas são dedicadas a retratrar o aparato repressor e punitivo da época. Esse executor é um sujeito que decidiu não se casar para que seu filho não sofra o que ele sofreu, amaldiçoado por todos por ser filho de executor. Além disso, seu treinamento para acostumar-se com a morte começou sendo trancado com cadáveres, quando pequeno, e terminou, treinando o último golpe que deveria aperfeiçoar, partindo a cabeça de seu próprio pai e treinador.
Mais detalhes a cada edição das bancas.